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Cavalos

Saiba prevenir algumas doenças que podem afetar a qualidade da sua criação. Bons medicamentos são sempre necessários para manter o desenvolvimento e saúde ideais para o animal.

Em uma criação de cavalos é recomendado que o produtor siga algumas instruções importantes para o sucesso da atividade. O primeiro passo é adquirir matrizes e reprodutores de propriedades confiáveis. O ideal é exigir exame de sanidade dos animais feito a partir de um profissional da área. Esse procedimento é indispensável para evitar que o restante da criação seja contaminada. Mesmo assim, os animais estão sujeitos a vários tipos de doenças e para que sejam evitadas ou tratadas, o produtor deve possuir em sua propriedade uma farmácia veterinária com medicamentos em caso de urgência. Nunca deixe de seguir as orientações técnicas do profissional, pois ele saberá a dosagem certa de medicamento para cada tipo de animal.​ As instalações para guardar os medicamentos deve ser segura, com portas fechadas, onde não haja umidade e nem receba raios intensos de sol. Ao detectar qualquer comportamento estranho em um animal, isole-o dos demais e contate imediatamente um profissional capacitado. 

Para atender as exigências básicas do cavalo e bons resultados na interação cavalo e homem, deve-se aplicar o conceito da recompensa, nunca por meio de castigo. A sociabilidade equina requer a presença de seus pares, com contato físico diário, liberdade de locomoção, devendo ficar solto em piquete algumas horas ao dia, e alimentação baseada em forrageiras: feno, volumoso, verde, com pelo menos 50% do trato diário. 

Lembre-se de que uma criação tratada com higiene, água potável e ração de boa qualidade, dificilmente terá problemas de saúde.

Reprodução Equina

As éguas têm ciclos normalmente no começo da primavera ao fim de outono. Em climas quentes podendo se estender a maior parte do ano. A cada 21 ou 22 dias a égua desenvolve e libera um óvulo em um dos seus dois ovários. No período do cio ou estro a égua urina com freqüência e pisca a vulva quando está próxima do garanhão. O período médio de duração do cio é de 5 dias, sendo o intervalo médio entre os cios de 15 dias. O período mais fértil do cio está no 2º ou 3º dia após a égua entrar no cio.
As éguas iniciam a sua maturidade sexual em média aos 18 meses, tendo os machos também o seu inicio de maturidade nesta mesma idade. A primeira cobertura tanto para o garanhão quanto para a fêmea, devem estar entre os 2 a 3 anos de idade.

Cuidados básicos

Precauções:

Providencie estabulagem segura com pelo menos três paredes, área mínima de 3,65 m x 3,65 m para um único animal, evitando quinas pontiagudas, saliências baixas, pregos, parafusos saltados, utilizando tramelas seguras. Mantenha lixo e entulho longe do cavalo, eliminando cercas de arame farpado se possível, cerca de madeira é mais apropriada porém requer manutenção frequente. Sempre amarre o cavalo em objeto bem seguro na altura da espádua ou mais alto, não mais de 45 cm a 60 cm de folga na corda. Nunca amarre o cavalo pelas rédeas, carregue um cabresto e uma guia para amarrar o animal. Nunca amarre um cavalo com um laço em torno do pescoço, asfixia pode causar sérios danos. Quando for retirar uma sela com duas barrigueiras, sempre remova primeiro a barrigueira de trás.

Cuidados básicos:

Escove bem o cavalo antes de montá-lo, limpando bem o dorso e os pés, desta forma evitando irritações na área sob a sela e machucaduras por pedras nos pés. Dê chance do cavalo se aquecer antes de sujeitá-lo a um galope ou corrida. Quando parado por um período prolongado, afrouxe a barrigueira e examine novamente os cascos. Sempre seque e esfrie o animal antes de soltá-lo após um passeio longo ou exaustivo. Não permita que o cavalo beba avontade, mas sim, pouco e periodicamente enquanto estiver esfriando. Nunca dê grãos a um animal que esteja quente ou exausto. Feno bom e limpo é sempre seguro. Um animal tosado deve ter um bom abrigo e deve ser coberto à noite para protegê-lo do tempo frio. Nunca tente manter o seu equilíbrio se segurando nas rédeas, é melhor agarrar a sela ou a crina. Puxões constantes no freio do cavalo tendem a deixá-lo "bocadura", e progressivamente mais difícil de guiar. Se o escabeceamento freqüente for um problema causado pelos caninos, os mesmos precisarão ser removidos. Reescove o animal após montá-lo, tendo novamente especiais cuidados com os pés.

 

  • Esponja ou Ferida-de-verão

Nome genérico: Habronemose cutânea
Agente responsável: Larvas da mosca Habronema muscae
Sintomas: Granulações cutâneas que fazem o animal se coçar até sangrar, atraindo ainda mais as moscas.
Como evitar: Mantendo a higiene nas instalações e combatendo moscas.
Como tratar: Isolando animais e áreas contaminadas, aplicando vermicida e organofosforados.

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  • Faringite

Nome genérico: Faringite
Agente responsável: Streptococus sp.
Sintomas: Sensibilidade na garganta, falta de apetite, tosse seca e dificuldade para engolir o alimento.
Como evitar: Evitando a exposição do animal à chuva, ventos frios e umidade.
Como tratar: Fornecendo apenas alimentos pastosos. Além disso, é necesário medicar o animal com antibiótico associado a substâncias broncodilatadoras.

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  • Febre-do-leite

Nome genérico: Febre puerperal, febre vitular ou eclâmpsia.
Agente responsável: Carência de cálcio.
Sintomas: Um pouco antes ou logo após o parto, as fêmeas apresentam excitação e tremores, temperatura baixa e andar cambaleante.
Como evitar: Suprindo a carência de cálcio na alimentação do animal.
Como tratar: Fornecendo sal mineral com alta dosagem de cálcio na alimentação e aplicando soluções de cálcio na veia.

 

  • Garrotilho

Nome genérico: Adenite eqüina
Agente responsável: Streptococus equi
Sintomas: O animal apresenta corrimento nasal purulento, tosse, dificuldade para respirar, febre e acúmulo de pus em algumas regiões do corpo.
Como evitar: Mantendo a higiene, desinfectando baias, comedouros com substâncias iodadas e isolando os animais recém-adquiridos ( quarentena).
Como tratar: Aplicando antibióticos, vitamina C, expectorantes e secretolíticos.

 

  • Hipocalcemia

Nome genérico: Raquitismo ou osteomalacia
Agente responsável: Carência de cálcio.
Sintomas: O animal apresenta crescimento retardado, andar cambaleante, articulações e ossos deformados e pêlos opacos.
Como evitar: Suprindo a carência de cálcio na alimentação dos animais.
Como tratar: Fornecendo sal mineral na alimentação e aplicando soluções de cálcio na veia.

 

  • Inflamação das juntas ou artrite

Nome genérico: Poliartrite infecciosa
Agente responsável: Corynebacterium sp. e Streptococus sp.
Sintomas: Articulações inchadas e doloridas, febre alta, falta de apetite e dificuldade de locomoção, fazendo com que o animal fique deitado por muito tempo.
Como evitar: Tratando o umbigo dos recém-nascidos com tintura de iodo e isolando os animais doentes.
Como tratar: O tratamento é difícil e normalmente é feito com antibióticos por via endovenosa.

 

  • Mal triste

Nome genérico: Peste-dos-pulmões, piobacilose
Agente responsável: Corynebacterium pyogenes.
Sintomas: Inchaço localizado, quente e dolorido.
Como evitar: Vacine devidamente todos os animais da criação e mantenha a higiene nas instalações.
Como tratar: O local afetado deve ser aberto, drenado e lavado com soluções anti-sépticas. A utilização externa de um antibiótico é fundamental.

 

  • Mal-do-coito ou Mal-de-faveiro

Nome genérico: Durina, tripanossomíase ou sífilis-dos-cavalos
Agente responsável: Tripanossoma equiperdum
Sintomas: As fêmeas apresentam o úbere e a vulva inflamados com partes despigmentadas. Já os machos, ficam excitados e urinam com freqüência, apresentando o pênis inchado com regiões do ânus e órgãos genitais despigmentados.
Como evitar: Higienizando as instalações, isolando áreas contaminadas e combatendo moscas e insetos.
Como tratar: Isolando animais doentes e aplicando substâncias quimioterápicas derivadas da uréia.

 

  • Mamite

Nome genérico: Mastite
Agente responsável: Corinebacterium sp., Pseudomonas sp., Streptococus sp., e Staphylococus sp.
Sintomas: Úbere inchado e duro com mamas doloridas. O leite fica alterado apresentando grumos ou sangue com presença de pus.
Como evitar: Mantendo a higiene nas instalações e desinfectando o úbere das éguas regularmente.
Como tratar: Aplicando pomadas antibióticas e anti-inflamatórios pelo canal do teto.

 

  • Maninha ou machorra

Nome genérico: Ninfomania
Agente responsável: Disfunção hormonal do aparelho reprodutor feminino.
Sintomas: As fêmeas passam a apresentar intensidade do cio.
Como evitar: Fazendoa verificação periódica do estado hormonal dos animais.
Como tratar: Aplicando hormônio folicular.

 

  • Metrite

Nome genérico: Metrite
Agente responsável: Corynebacterium sp., Shepto, Staphylococus.
Sintomas: Útero inflamado com a presença de corrimento de sangue ou pus pela vagina. A cauda do animal fica erguida, enquanto o cio e a reprodução ficam alterados.
Como evitar: A higiene na cobertura do animal ou na inseminação artificial é essencial para evitar a doença.
Como tratar: O tratamento é feito com aplicações intra-uterinas de antibióticos, sulfas e quimioterápicos.

 

  • Micoses

Nome genérico: Dermatomicose ou Tricofitose
Agente responsável: Trychophyton, Schyzomycetes e Aspergylus
Sintomas: Regiões do corpo com queda de pêlos, formando uma espécie de "caspa" que se descamam e viram pó. Costumam atacar animais novos e normalmente ficam localizados na cabeça e no pescoço.
Como evitar: A higiene é fundamental para evitar a diença. Por isso, o ideal é pulverizar as instalações com desinfetantes iodados.
Como tratar: Banhando os animais com substâncias iodadas ou aplicando medicamentos para fungos como sulfato de cobre.  

 

  • Nutaliose

Nome genérico: Anaplasmose, piroplasmose ou babesiose
Agente responsável: Anaplasma marginale e babesia sp.
Sintomas: O animal afetado apresenta anemia, andar cambaleante, icterícia (amarelão), febre e sonolência.
Como evitar: Limpando devidamente as instalações e combatendo carrapatos com inseticidas.
Como tratar: Aplicando tônicos à base de ferro, antibióticos e tratamento quimioterápico.

 

  • Otite

Nome genérico: Otite
Agente responsável: Bactérias piogênicas, Streptococus sp.
Sintomas: Inflamação do ouvido facilmente percebida quando o animal passa a balançar a cabeça constantemente, ficando com a cabeça baixa e viranda para o lado afetado.
Como evitar: Não deixando entrar água no ouvido do animal durante os banhos e limpando o local com algodão e éter.

 

  • Pneumonia

Nome genérico: Broncopneumonia
Agente responsável: Pneumococus sp.
Sintomas: Falta de apetite, respiração dificultada, febre alta, tosse e corrimento purulento pelas narinas e olhos.
Como evitar: Deixando os animais livres de ventos frios, umidade e chuvas, além de isolar os doentes e manter a higiene nas instalações.
Como tratar: Aplicando antibióticos e estimulantes respiratórios e cardíacos.

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  • Queda geral de pêlos

Nome genérico: Alopecia
Agente responsável: Carência de minerais e vitaminas do grupo B.
Sintomas: Os pêlos do corpo do animal passam a cair por inteiro.
Como evitar: Suprindo a carência de vitaminas e minerais na alimentação do animal.
Como tratar: Fornecendo sal mineral vitaminado na alimentação.

 

  • Raiva

Nome genérico: Hidrofobia
Agente responsável: Rabdovirus ou Lyssavirus
Sintomas: Presença de movimentos descoordenados, tristeza, indiferença, tremores musculares e ranger de dentes.
Como evitar: Vacinando anualmente todos os animais e mantendo as instalações livres de morcegos.
Como tratar: Não há tratamento.

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  • Sarnas , carrapatos, micuim, pulgas e piolhos

Nome genérico: Ectoparasitose
Agente responsável: Sarcoptes sp., Demodex sp., Boophilus sp., Culex sp., entre outros.
Sintomas: O animal não pára de se caçar e apresenta queda de pêlos, pele com partes avermelhadas e com rugas.
Como evitar: Pulverizando constantemente todas as instalações com inseticidas e mantendo a higiene no local da criação.
Como tratar: Banhando os animais com piretróides.

 

  • Tuberculose

Nome genérico: Tuberculose
Agente responsável: Mycobacterium tuberculosis
Sintomas: O animal apresenta gânglios aumentados, falta de apetite, emagrecimento e tosse.
Como evitar: Mantenha total higiene nas instalações e isole os animais infectados. Animais recém-adquiridos devem ser mantidos em quarentena antes de serem introduzidos no plantel.
Como evitar: Com Isoniazida. 

 

  • Umbigueira

Nome genérico: Onfaloflebite, aerobusite nos machos.
Agente responsável: Corynebacterium sp., Streptococus sp.
Sintomas: Presença de inchaço, vermelhidão, dor e pus que ocorre no umbigo dos animais, principalmente dos recém-nascidos, ou nos machos por ferimento no prepúcio (pele que cobre a glande do pênis), causando febre e falta de apetite.
Como evitar: Mantendo a higiene, combatendo moscas e insetos e tratando o umbigo do recém-nascido com tintura de iodo.
Como tratar: Aplicando tintura de iodo e repelentes para moscas nos ferimentos e injetando antibióticos.

 

  • Verminose

Nome genérico: Helmintíase ou gasterofilose
Sintomas: Barriga grande, diarréia sem cheiro, alteração do apetite, fraqueza, anemia, crescimento prejudicado, pêlos sem brilho e eriçados, fezes com sangue e cólicas.
Como evitar: Combatendo moscas e insetos e mantendo a higiene nas instalações. Os animais devem ser separados por idade e mantidos em pastos secos. Além disso, é necessário que se faça a desvermifugação a cada três ou quatro meses.
Como tratar: Com vermífugos específicos ou de ampla ação.
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  • Verruga ou figueira 

Nome genérico: Papilomatose ou verrugose

Agente responsável: Popillomavirus
Sintomas: Vários nódulos na cabeça, pescoço e orelhas.
Como evitar: Mantendo a higiene e isolando animais doentes.
Como tratar: Com vacinas comerciais, substâncias quimioterápicas ou autovacinas.

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